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A Sociedade Perfeita - A Família

Olá novamente a você, leitor! Pois bem, a última vez que entrei em algo sobre a ‘sociedade perfeita’ seria quanto à questão da responsabilidade primária da educação e por seguinte a influência da família sob isto. Então prossigamos ao detalhar tal ligação.
Por muito já se sabe que a educação se foca ao berço, sendo nossos pais, geralmente, as pessoas responsáveis pela educação ao mundo, a que deveria manter-nos em âmbitos sociais. Ao que se diz respeito ao atual, deveriam dar as concepções básicas de educação, tal como a ética, moral, respeito, dentre outras. Entendo que soe estranho ensinar ética e moral para os filhos, mas como já deixamos claro anteriormente, não estamos falando em ensinar as concepções científicas dos mesmos, mas sim a sua aplicação prática na sociedade, não ensinar apenas teoria, pelo contrário, ensinar as ações corretas.
Entretanto, na prática, adquirimos resultados reversos ao esperado. Hoje em dia, digo que mais de ¾ das famílias no mundo ensinam primeiramente aos filhos, antes de amar e respeitar, cultivar o medo. Admito que, apesar de particularmente não o ter, o temor não é algo ruim, pois nos protege de coisas que possam ocorrer futuramente. Por outro lado, criam-se barreiras, muros em nossas mentes, impedindo já o primeiro fato, o ato em si. Deixando de agir por medo, encolhemos nossos braços a inúmeras coisas, como em vários casos, o medo de se relacionar com outra pessoa, ou o medo criado em classes mais altas das pessoas de classes mais baixas, criando por conseqüência o preconceito. Mas não é só o medo que é cultivado desde o início, mas em muitos casos prendemo-nos à generalização e estereótipos, como por exemplo: A classe mais baixa generalizando a alta de “burguesia” e de “playboy’s”; ou como, até em piadas, generalizamos que o português é burro, o americano é ignorante e todo brasileiro sabe ou jogar futebol bem ou sambar... E agora com a inclusão do funk em “nossa cultura” temos uma visão bem “privilegiada”... Pois bem, não vem ao caso... O que realmente importa é o fato que, ao invés de mantermos a educação primária em bases sustentáveis e promissoras, estamos criando em nossa geração um pânico por agir e por viver, deixando de lado a sociedade inteira que estamos tentando aprimorar, para ensiná-los como viver isoladamente, com medos, receios e preconceitos formados para tudo e todo tipo de diferença que possa existir. Deprimente visão de nossa atual realidade...
Devo admitir leitor, que apesar de tudo, eu mesmo não posso dizer ter uma família exemplar, não baseio nada em minha família, ao contrário, diria ser o exemplo do contraditório. Sou filho do meio de uma família desestruturada, pais separados, irmã egocêntrica e egoísta, e outra coitada ao início de sua vida convivendo ao stress de todo este conflito misto, particularmente tenho apenas três pessoas a agradecer pelo que sou hoje... Dentre estas, minhas mãe e eu mesmo, pois eu deveria ser hippie ou rapper, imagino. Ao menos sou prova viva de que, definitivamente, não sou fruto do meio, e que há meios de se salvar perante a pior cena de existência social (sendo esta relativa ao caso... Eu, por exemplo, não passo a pior cena de existência da África, mas passo pelo típico quadro atual de várias famílias de classe média... A nova crise social... Bem, problemas em geral são relativos, mas voltemos ao assunto principal, tratamos disto outra hora).
Ao final, podemos concluir que o erro primário, entrando no âmbito da prática, seja a família em si, por não passar o exemplo digno que se adere ao sensato. É claro que não se pode esperar muito de nossos próprios pais, se você está lendo e compreendendo o que escrevo é porque no mínimo já têm sua independência mental, e o passado é imutável, mas devemos esperar de nós mesmos o que faremos por nossos filhos, e nem precisamos agir como família diretamente, ao menos ensinar algum jovem, pois não posso ser ignorante ao deixar passar em branco o fato de que nem todas as pessoas possuem famílias. Sinceramente, leitor, este assunto é extenso e complicado de resumir em poucas palavras, para passar o total de compreensão que desejo, mas ao final espero ter deixado os pontos principais da ligação que há entre família e a educação, seguida pelo que possa chamar a educação da teoria fundamental, e a família de prática fundamental. O que nos resta neste ponto são consciência e a responsabilidade natural empregada a nós. Façamos o que para muitos não pode ser feito enquanto havia chance, mostrar que o mundo não precisa ser uma competição direta para a sobrevivência do mais forte, nos destacamos por ter intelecto suficiente para construir uma sociedade... Então, após séculos, tomemos posse e postura para assumir este boato e provemos para nós mesmos que podemos viver em uma sociedade conjunta. Como? Aguarde os próximos posts, caro leitor, uma hora ou outra chegaremos a alguma conclusão... Ao menos, a sua conclusão pessoal que será formada...